A uma princesa
Em teus olhos mouros de noite calma,
Em beijos lançados no ar e nos lábios,
Em gritos exactos como astrolábios,
Encontro aquele porto onde repousa a alma.
Balouçando como uma bailarina
Entre a tristeza e a alegria perfeitas
Recolhes a mais bela das colheitas:
O seres quem és, luz que te ilumina.
Princesa forte, sensível, real,
Que segredos guardam teus universos?
Que sonhos inventas de ouro e cristal?
És a inspiração e os próprios versos
Que fluem livres num imenso caudal
De correntes fundas, mares insubmersos.
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