Balada do populista
Deixas o carro de compras no caminho
Lanças a máscara ao passeio, à via
Junto ao dejeto de um cão de companhia
E a um vómito cheiroso e cor de vinho
Buzinas longamente pelas pistas
Tens pressa e não sabes onde vais
Mal entras, imaginas como sais
E encontras o caminho nos fascistas
Quererás tu tropeçar no artifício
Respirar o interior da tosse alheia
Escorregar no odor que incendeia
Beber a podridão de cada vício
Queres ordem, exigência, novas vistas
Vociferas e gargalhas como um louco
E se essa raiva intensa ainda é pouco
Encontras quem não sabes nos fascistas
Imagem de: WETM
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