Rosa vermelha
Compensará a minha presença banal
A rubra flor que me esqueço de te dar?
Transportará o aroma do meu after-shave barato
Pólens inefáveis como os dessa flor esquecida?
Os meus poemas, eles mesmos, são baratos
E não atingem cotação em bolsa alguma...
As minhas palavras, elas mesmas, transitórias
Como um templo egípcio continuamente pilhado...
Os meus abraços, eles mesmos, tão fugazes
Como o aroma que se esgueira dos esquecimentos...
E não nos resolvo a vida e as perplexidades.
Conseguirá a tua presença justa, literária, musical,
Personificar jardins que as minhas mãos se esquecem de regar?
Imagem de http://mutant.interbgc.com.