A todo o redor vi vida e vi morte
Épocas do ano sempre em sucessão
Prosas e poemas, ciência a pairar
Estética e lixeira juntas rumo ao mar
Todos os sentidos malabarizados
Homens em sentido, pequenos soldados
A chuva que rega e corrompe os campos
E a mudança eterna como congelada
E pedi a Deus, pedi quase nada
Por quem amo e quero na minha existência
Ou na perceção que é tudo o que sei
E que é quase nada e aparenta ser
No meio do caos ou ordem complexa
No centro das coisas como folha em branco
Do minimalismo de opostos iguais
Pedi-lhe tão pouco achando demais
Que o tempo parasse num amplo nirvana
Nada se mexesse, nada se pensasse
E tudo fluísse pela eternidade
E todos presentes, leves e felizes
Na sala de estar, os vivos e os mortos
Bebendo do vinho, comendo da mesa
Trocando palavras em nada trocadas
Como um fim do tempo tirado à medida
E Deus ofereceu-me o tempo da vida
Imagem de: Aditi's Think Tank