Infância
É tocante a idade inexistente
Para quem a observa imaginando ver
O que um dia é para não mais ser
Não sendo tocado por olhar em frente
O ter um prato que é o preferido
O ver um objeto e achá-lo fascinante
O achar desejos, pensar o instante
Sem saber que um dia tudo é esquecido
Ter memória curta de luzinhas feita
Como as que enfeitam os Natais distantes
Todos os momentos novos, diletantes
Como paraísos sem deuses à espreita
Imagem de: www.dailymail.co.uk.