Todos os santos
Se
se soltar uma pomba branca
Nos
céus ensombrados do dia dos mortos
E
uma criança de espírito aventureiro
E
mente por escrever e reescrever
Usar
uma espingarda de chumbinhos
Ou
uma mera fisga
Dura
no calhau, líquida no pensamento
Ou
na ausência da estrutura socializada
Do
pensamento que ensombra o dia
A
criança é um deus enquanto dura
Depois
liquefaz-se e diminui-se
Cresce
até se tornar anã
E
se a pomba branca não tinha culpa alguma
A
criança não tinha também culpa alguma
E
ninguém a tem ou todos a têm
E
por isso se vêm punidos com a sombra do universo
Antes
de se diluir na líquida movimentação
Dos
visitantes dos cemitérios que nas suas lápides
Mantêm
as diferenças dos anos decorridos
Sem
que isso lhes importe, à criança ou ao universo
Imagem de: noticias.pt.msn.com .
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