terça-feira, novembro 28, 2017

Nuvens à beira, chuva na capital


Rostos cinzentos cravados na rua
Sorrisos gravados num tutorial
Gestos forjados em pedras da lua
E abate-se a chuva sobre a capital

O que escrevi antes de crescer
É o silêncio da nuvem letal
E crer-me precoce é desconhecer
O hall e o salão do meu tribunal

E assim adormeço no edredão do mundo
E sonho com a vida que conheço mal
Encostado às nuvens entre as quais me afundo
Pensando os chuveiros sobre a capital

Imagem de: lusonotícias

quarta-feira, novembro 22, 2017

Rotundas sons


Uns têm o que desejam
Outros o que não desejam
E assim cabe algo a todos
E há justiça no mundo
E a música salta da rádio
Cabeças de encontro aos muros
Num ruído punk primevo
Quem diria, não é pop
E recordo a Rádio Caos
Que nunca cheguei a escutar
E ao som das distorções
Passo a rotunda e as canções
E imobilizo o pensar

Imagem de: ScienceOholic

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