Memória
Já um dia tive a tua idade
Vivi na aldeia como na cidade
E não me perdi não sei bem porquê
Ou pode ser que esteja onde não se vê
E o que será ver senão desconhecer?
E o que é viver? Que será?
Que vida nas tessituras das folhas
Nas partituras da palma da mão?
E eis-nos todos no mesmo local
A horas dormentes, diferentes
E a memória esboroada
Talvez já não recorde nada...
Só o amanhã brilhará
No tempo que então fará