Insónia 2
Quando o tempo não avança
E os minutos morrem lentos
Sinto vontade de gritar aos ventos
Deixem-me nanar como em criança
Nada me embala no mundo calado
O tempo que pinga numa contradança
De um rio entupido no cabo da esperança
O mundo parado e eu todo acordado
Dormem os corruptos na injusta balança
Os animaizinhos sonhando os momentos
As plantas e as pedras em tons pardacentos...
Só eu despertado no planeta, cansa