quarta-feira, setembro 19, 2007

Mais um para o Alexandre





Nas vastas vagas onde vogam verdes algas
Frescas e fotosintéticas e nos picos montanhosos,
No teu pino e no do sol inundando pátios brancos,
Nos bancos dos jardins, nas bolas que rebolam
Em campos de relva curta e nos ecrãs digitais
E mais, em tudo sublimado como a voz dos passarinhos
E em Deus, porque tudo em ti é Deus
Reflectido na roda da vida e da alimentação
Que engoles em grandes garfadas de gargalhadas e na lágrima ocasional
Que encostas ao meu ombro futilmente forte,
Vive uma certa continuidade e o amor real
E quem te dera eternamente total, igual a ti e a nós,
Meu filho, minha ilha serena, fresco oásis doce
Onde tudo é inocência ainda e esperança precoce...

quarta-feira, setembro 12, 2007

Luas




Vêde como as luas cheias se esvaem permanentemente em luas novas,
Como o círculo vital se liquefaz e vive, no entanto, lá,
E o lá é um som abstracto como as notas que vos abandono
Antes de eu mesmo me esvair: o sol, a lua, o universo...
O Verão transformado em Outono, Inverno, Primavera e noutros Verões,
Como tudo se assemelha no presente, que é tudo o que nos resta
No círculo total volatilizado e ilusório do individual
Pleno de paixões que, como as luas, têm apenas memória virtual
E nuvens, sempre novas e invisíveis ao mais fundo olhar...


Imagem de www.utahskies.org.
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