Lama
O tapete de cardos do inverno desenrola
Infindáveis coroas de espinhos renováveis
Numa sala de torturas medieval, roçando o surreal,
Tantos cardos, humidades, e as rosas todas mortas
Em jardins ressequidos, desolados,
Aguardando o perpétuo renascimento ilusório
Neste inverno que é um purgatório.
Os fortes assumem decisões
E os fracos rastejam sob a lama...
Só apetece a diluição na cama!
Fortes, fracos, títulos e rótulos
E a lâmina do vento que nos arrasta
Por oceanos de tempo, mares de pasta...
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