quarta-feira, janeiro 25, 2006

Sol de Janeiro

Enfrentando dinossauros e areias movediças
Por entre árvores remotas e cascatas assassinas
Na terra do faz-de-conta, na terra do nunca mais,
Ao sol do mês de Janeiro, tépido e almofadado...
Gosto desse sol primevo, entre os primeiros do cosmos,
Entre as poeiras divinas ainda por assentar.
A verdade nos sorrisos, nos beijos, no amuar,
A vontade de viver, o desejo de gritar.
Gosto dessa cor primária que inunda a tela do dia
E não se esconde em museus, nem nos exige bilhetes
Para que possamos entrar...
Ao sol do mês de Janeiro, tépido e almofadado,
Somos um videojogo pela inocência programado.



Imagem de www.switalski.net.

Poema de Joaquim Camarinha

3 Comments:

Blogger Lila Magritte said...

Ese sol que no se esconde en museos
ni pide billetes para que podamos verlo, es el que regala vida(con todas sus contradicciones), amor y poesìa en tu blog.

beijos.

3:52 da tarde  
Blogger Jorge Simões said...

Queridas amigas, obrigado pelos comentários. :)

4:21 da tarde  
Blogger Fábio Frohwein said...

As pessoas têm sido tão sufocadas pelo pragmatismo do cotidiano, que não se dão conta da inocência subterrânea. Este teu sol, amigo poeta, talvez revele mais o espírito do que as coisas do cosmos. Um grande abraço!

11:56 da manhã  

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