O tamanho das coisas
Assim nos diz a sabedoria popular.
E se é popular, tem que ser de uma maioria.
E se é da maioria, tem que ter razão.
Isso faz-me pensar nos grandes dinossauros,
Talvez altos como prédios de cinquenta andares,
Que engoliam coisas pequenas para se fazerem...
Ou, por ricochete, na multidão de seres ínfimos
Que vivem em recantos profundos da Amazónia
E igualmente se alimentam e disso saberão os ornitólogos...
Todos se extinguem, de todos os tamanhos,
E um dia paleontólogos e ornitólogos não significarão um quark.
Será que universos maiores engolem universos mais pequenos?
Extinguir-se-ão assim deuses maiores e menores,
Uma vela que se apaga, um pensamento que se esquece?
Não tenho respostas, mas também estou em vias de extinção
E não encontro motivo melhor para engolir coisas como eu:
Cigarros, copos, cozinhados e ideias confusas em verso irregular.
Imagem de http://ninjadodo.zeepost.nl.
Poema de Joaquim Camarinha
4 Comments:
Quem és tu? Boa pergunta... :)
Já agora, dias coisas:
a) Obrigado pela visita!
b) Era uma pergunta de índole filosófica ou uma adivinha daquelas complicadas? :)
Bem vinda à blogosfera! :)
;-)
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