quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Bluffart

Parece que o mundo está atravancado de praças mais belas do mundo...
Umas no Porto, outras em Xangai
E, porque não?, também no interior desertificado.
Um eucalipto pode ser uma praça
E um carreiro de formigas, uma avenida -
Tão satisfatório!
A arte somos todos: eu, tu, eu, ela,
Em fluxus de esquecimento
De que se pode ser horrível sem se ser belo
Ou não se ser sequer coisa nenhuma.
Mas a arte não passa de uma palavra, dizem, ou disseram,
Dizem, digo, porque ainda se encontra em livros.
Vou criar, numa instalação, a praça mais bela do mundo:
Um grão de poeira sobre um pedestal imaginário
E chamar-lhe-ei, transitoriamente, verdade universal.



Imagem de http://nataliedee.com/.

Poema de Joaquim Camarinha

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