Flores de plástico
Flores de plástico de várias cores
Que cresciam ordenadamente nas salas de estar
E enfeitavam escritórios tão atarefados!...
Flores de plástico de várias formas,
Teclar repetido de máquinas de escrever,
Flores de aromas imaginários,
Flores nas infâncias que o tempo comeu...
Quem vos chorou a morte inescapável?
Quem vos levou no cortejo final?
O sol a entrar por frinchas nas persianas,
A luz a traçar geometrias no chão,
Encandeando olhos que já se fecharam,
Fotografias a cores velhas, desbotadas,
Flores de plástico, esborratadas...
Flores de plástico de várias cores,
Versos sem rima, ritmo e moral,
Flores esquecidas, flores carcomidas,
Futuro passado, presente irreal!
Que cresciam ordenadamente nas salas de estar
E enfeitavam escritórios tão atarefados!...
Flores de plástico de várias formas,
Teclar repetido de máquinas de escrever,
Flores de aromas imaginários,
Flores nas infâncias que o tempo comeu...
Quem vos chorou a morte inescapável?
Quem vos levou no cortejo final?
O sol a entrar por frinchas nas persianas,
A luz a traçar geometrias no chão,
Encandeando olhos que já se fecharam,
Fotografias a cores velhas, desbotadas,
Flores de plástico, esborratadas...
Flores de plástico de várias cores,
Versos sem rima, ritmo e moral,
Flores esquecidas, flores carcomidas,
Futuro passado, presente irreal!
Imagem de www.spacetoday.org.
Poema de Joaquim Camarinha
3 Comments:
Gostei muito do poema. A imagem da flor plàstica carcomida e sim aroma è constante nas oficinas com uma luz artificial que mancha os rostros com a desesperanca. È de uma tristeza infinita.
Beijos atè teu blog.
Obrigado pela vossa presença. Um bom fim de semana. :)
Até para se ser flor é preciso sorte, umas enfeitam a vida, outras enfeitam a morte...mesmo de plástico.
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