Olho
Desconfiança, entrega,
Sorrisos abertos, fechados,
Dentes, doentes,
Atletas e pseudo-atletas
Cruzando arrumadores, escapes,
Loucura ocultada, segredos,
Corações largos, também parcos,
Miminhos, insultos, vazios,
Máquinas de multibanco,
Crises, festas de luxo,
Música, ruído, palavras, silêncio,
Todo eu forjado em palavras
Dissecando e isolando
E tudo fica tão algo
Tão momento e já passou.
Namorados trocam risos patetas na mesa do fundo
E os vizinhos odeiam-se pateticamente
Por hábito, descuido ou paixão.
O homem, escola, animal racional...
Sugam-se as almas
E bebe-se o sangue.
Calem-se todos já, por favor...
Não aguento sequer mais ouvir
As gargalhadas dos deuses porque lhes dais o poder.
Imagem de http://radio.weblogs.com.
Poema de Joaquim Camarinha
1 Comments:
Eu nem sei para onde olhar, olho e nada é visível.
Feliz Ano Novo, meu poeta:)
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