domingo, dezembro 11, 2005

Poemeto esfíngico

Não há quem me diga
Nada que alguém não saiba já,
Nem há quem me invente
Alguma linguagem feita de sons invisíveis,
Nem há quem me mostre
Pedras firmes de alguma dimensão além...
E nem sequer pode haver outra dimensão
Porque tudo é plano para além do infinito
E é plano o próprio horizonte e Dédalo nele
Como são planas todas as verdades
E os planos que nunca faraó algum cumpriu.
Comer-vos-ia vorazmente, mas eis-me rodeado de infinita areia
E de vento que vai tornando plana cada duna e duna e duna...
Eu mesmo sou o deserto,
Deserto no centro de mim mesmo.



Imagem de www.guardians.net.

Poema de Joaquim Camarinha

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Pedras firmes de alguma dimensão além..."

Gostei muito deste poema.

2:04 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Obrigado. Já vi que também escreveste um que, de algum modo, se interrelaciona com este... :)

4:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu quero este poema.
:)

11:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olá! :)

11:28 da manhã  

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