Poemeto esfíngico
Nada que alguém não saiba já,
Nem há quem me invente
Alguma linguagem feita de sons invisíveis,
Nem há quem me mostre
Pedras firmes de alguma dimensão além...
E nem sequer pode haver outra dimensão
Porque tudo é plano para além do infinito
E é plano o próprio horizonte e Dédalo nele
Como são planas todas as verdades
E os planos que nunca faraó algum cumpriu.
Comer-vos-ia vorazmente, mas eis-me rodeado de infinita areia
E de vento que vai tornando plana cada duna e duna e duna...
Eu mesmo sou o deserto,
Deserto no centro de mim mesmo.
Imagem de www.guardians.net.
Poema de Joaquim Camarinha
4 Comments:
"Pedras firmes de alguma dimensão além..."
Gostei muito deste poema.
Obrigado. Já vi que também escreveste um que, de algum modo, se interrelaciona com este... :)
Eu quero este poema.
:)
Olá! :)
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