Sol de Fevereiro
O sol que brilha calado
Não é como o sol de Abril
É um sol que brilha enjaulado
Neste tempo amordaçado
No fundo deste covil
É um sol que anula as vidas
Entre névoas palavrosas
Promessas não resolvidas
Sombras de ideias perdidas
Cadáveres de flores caprichosas
O sol do tempo presente
É um forno crematório
Um sol sem chama, indiferente
Um sal sem mar, abrangente
Um fogo masturbatório
Imagem de: www.bahamasconference.org.
4 Comments:
Gostei.
:)Beijinho*
Olá. Fico contente que estejas melhor (assim espero) e que por cá passes. Beijinho.
É verdade, ás vezes nos vemos sob o sol que anula a vida, e parece que não há saída!
Zezé
Obrigado pela visita, Zezé. Este é um poema político. E a polissemia/literariedade ditam que seja o que for. :)
Enviar um comentário
<< Home