O pinhal do cuco
Ao longe, sobre um poste de muito alta tensão
Pelos pinhais, com o cheiro a sol e resina do Verão
Um cuco brincava às escondidas
Era um tempo belo e lento de estreitas estradas vazias
Um tempo sem prestações, avaliações e correrias
O futuro brincava às escondidas
Beber Sumol, comer pão com chouriço, tudo era sereno
Quando as flores de tojo cobriam o terreno
E após o silêncio o cuco brincava
Galgávamos então encostas de cumes rarefeitos
E tornávamos ao lar dos dias longos, perfeitos
O cuco ainda lá está, nunca partiu
E o dia é imorredouro como quem o viu
Imagem de: www.ancientworlds.net.
2 Comments:
Gostei
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
Obrigado pela visita e pelo comentário. :) É que, é interessante, este é um blog de arte, já contém muitos livros e para todos os gostos - para o meu próprio gosto em cada momento também, sempre. Mas a verdade é qie os comentários não abundam. Fico sem saber se os visitantes regressam ou não. Fico sem saber se gostam ou não. Fico sem saber do que cada um gosta e porquê... Não é que fosse escrever de modo diferente... Talvez se escrevesse, como já o fiz (e foi recusado por várias editoras, não tenho pachorra), um romance e alguém me pagasse por ele como pagam a todos esses escritores de histórias light... Mas não. O que eu queria mesmo era escrever coisas minhas e que mas editassem. Fazer obra, como tenho feito e com imenso prazer. Alguém sabe o trabalho que dá escrever um romance? Não há pachorra. De vez em quando, vou ver quem me visita e verifico com tristeza a parca presença de portugueses. Sim, eu sei que o Brasil tem milhões de habitantes e fico feliz com a presença de alguns (não milhões :) ), mas porque será que fico a pensar que em Portugal, mais do que em qualquer lugar, santos da casa não fazem milagres? Porque é que será que Saramago, Vieira da Silva, Paula Rego e tantos outros só foram reconhecidos fora de portas? Que direito tem esta terra de os reclamar para si? E já me espraio demasiado, eu que raramente comento comentários... Em todo o caso, obrigado por esse simples "gostei". Abraço.
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