A bordo do navio pirata
Debussy pelas ondas sonoras de um café
E afinal é uma cantora soft comercial
Por entre o burburinho ensurdecedor
Do fumo de cortar à faca
A bordo deste navio pirata
Os ratos, o capitão rato, o Voador
O fumo de um cigarro rebelde
Azul sobre o cinzento nacional
Igrejas caiadas de um branco-sujo velho
Os sinos rachados junto à base
As gotas invadem telhas quebradiças
De um vermelho derramado e esquecido
No verde seco da vegetação rasteira
Castelos arruinados na linha da fronteira
Quem traça mapas quadrados
Ao longo da savana oblonga
De crianças estropiadas pelas minas
A quem resta apenas carvão enfarruscado
E condutores buzinam a raiva caótica
Atrás de carros avariados pelas ruas
São estes os nossos guerreiros actuais
E o ruído é tanto, tão intenso
Preciso de vitaminas e aspirinas
Para rebentar com o silêncio
Imagem de: www.praetorius.nl.
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