Tempo de crise
É tempo de chuva e crise nos becos dos desvalidos
Nas filas do desemprego, nas sopas dos despedidos
Caem gotas aos milhares no rés-do-chão das empresas
E oferecem-se côdeas de pão e bugigangas chinesas
Diz-se que é natural, que é o fluxo da economia
Que enche bolsos insolentes enquanto o mundo esvazia
E ladram os cães de fila nas casotas dos quintais
Lambem as mãos aos senhores e vigiam os portais
Em cujo lado de fora vão crescendo multidões
Que assistem no lado de dentro a festas, celebrações
Mas um dia sob o peso os portões hão-de ruir
E ai então dos cães de fila e dos donos a ganir
Imagem de: www.reviewjournal.com.
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