Os relógios exactos
Os relógios exactos assinalam abstracções
Nos pulsos quentes, palpitantes
No fim de correias douradas
Nas paredes de salas carcomidas
Nas torres de igrejas caiadas
No sol a pino em Verões antigos
Em naves fugitivas, na escuridão das coisas
Os relógios assassinos que voam na eternidade
O Senhor Professor contando horas desde a Grande Guerra
Coberto de tiquetaques protectores e logo morto
Os relógios calados, a sala na penumbra
O Grande Relojoeiro mas pequeno electricista
Estranho como as estrelas cintilam por inércia
Como interruptores às mãos de crianças repetitivas
E as horas são obcecadas, as horas tão marteladas
Imagem de: wwp.clocks-n-watches.eu.
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