Letreiros
As casas atapetadas de letreiros
Vende-se, dizem, como páginas brancas
Que ninguém jamais quer realmente ler
Ao sol frio da manhã improvável
Que trabalho não daria decifrar
Estes códigos da crise universal
Quão melhor não é crer-se no limbo
Ignorar enciclopédias, documentários na TV
Os letreiros como sinais encriptados de apocalipses
Aos berros, profetas modernos a gritar
Em bairros pobres no espírito apagado
Perfurados por ondas hertzianas e SMS
E aos domingos vão às hortas em shopping centers
Em implosão total, solução final
Onde não chega a angústia soluçada dos letreiros
Imagem de: http://contrafactos.blogspot.com/.
1 Comments:
Fantástico!
Beijinho*
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