Soneto menor
Há, nas penitenciárias, detidos
Com liberdade maior do que eu,
Que fantasiam sobre os tempos idos
E sonham com a luz que se segue ao breu.
Almas do mal ou apenas perdidas...
Que perdição será maior que a minha?
Se deixam o sol entrar-lhes nas vidas
E eu finjo apenas, com a mão que escrevinha!
Viver no cinismo, perder a esperança
Das ilusões que são puro oxigénio
É a prisão maior de quem contradança.
E o génio, o próprio génio, é de alguns só
(Todos prisioneiros sem evasão)
E nem meu sequer, pó antes do pó...
Imagem de www.skidmore.edu.
Poema de Joaquim Camarinha
2 Comments:
En el fondo, todos somos prisioneros tras la liberación o la huída.
Prisioneros sin evasión posible. Es verdad.
Enviar um comentário
<< Home