Do fim para o princípio
Um dia, acabamos todos a falar em antigamente...
Fumava-se,
Bebia-se,
Havia partidos e eleições,
Podia ser-se ateu...
Tempos difíceis! Bons tempos!
Faziam-se piqueniques,
Bebia-se absinto
E provocava-se as pessoas sérias
Com formas artísticas chocantes!
Organizava-se torneios,
Decepava-se o inimigo
E comia-se javali à mão!
Vestiam-se peles de animais,
Morria-se e vivia-se pela caça
E as fêmeas aguardavam pacientemente!
O tempo da terra.
O tempo da água.
O tempo da célula.
O não-tempo.
Quando cada dia é o primeiro último
E tudo ganha sentido na ausência de sentido...
Antigamente, onde quer que seja...
Tempos difíceis! Bons tempos!
Imagem de www.freemusic.ch.
Poema de Joaquim Camarinha
1 Comments:
Todo comienza a cobrar sentido una y otra vez en un orden paralelo a las agujas del reloj.
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