A prática da caridade
Se Fulano te ignora,
Cicrano te olha de esguelha,
Beltrano desvia o olhar
E a Chica atravessa a rua,
Dedica-lhes um poema!
A quantos fazes o mesmo?
Fulano sente-se mal amado.
Cicrano tem dívidas por pagar.
Beltrano não ganhou no loto.
E a Chica bebe às escondidas.
Vivem como fantasmas
E exprimem-se como rochedos...
Dedica-lhes um Padre Nosso,
Lamenta-os por terem insónias
E dorme o sono dos justos.
Imagem de http://members.rennlist.com.
Poema de Joaquim Camarinha
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