Uivo
Uiva um cão qualquer uivos incontáveis
O seu uivo tido como natural
Som da criação, reflexo animal
E rói lentamente pensamentos frágeis
Uiva e não para como essas sirenes
Que cruzam estradas como toneladas
E pesam nas têmporas como marteladas
Fazendo tombar mesmo as folhas perenes
Uiva e seguem-no outros a ladrar
De guarda aos portões e às conexões
Que me rebentam com as emoções
E ao toque da festa põem-se a rosnar
Não sei se o seu uivo é por obsessão
(Junta-se-lhe agora a ave que pia)
Se prevê desgraças ou só arrelia
Sem saber sequer na mente de cão
Imagem de: Pets4Homes
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