Cidade (a Ch. Baudelaire, inventor da prosa poética)
do cimo de um monte denso enevoado da fenda mais funda de abissal negrume vê-se essa cidade toda iluminada toda um artifício toda construção um cinemascope feito de ilusão feito de memórias feito de futuros turvos conturbados surgem como muros em tons variados nuances de sons sonos acordados sorrisos marcados de emoções vazias também palpitantes como tamborins e a vida talvez e os nãos e sins e as pálpebras cerradas vêem o universo palavras tão largas o verso e o reverso
Imagem de: www.reiseimpressionen.at.
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