O impalpável
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A beleza invariável das coisas
É um par de melros a saltitar na relva
Um pardal a pairar de ramo em ramo
Um cão que abana a cauda de liberdade fugaz
E o silêncio do mundo na capa volátil do vento
Quando os estudos matemáticos dos casais ainda jovens
Entremeados de beijos e sussurros nos ouvidos
E, depois, resguardados em quartos e casinos no Algarve
Em esforços de racionalização de sonhos estilhaçados
Como a matemática toda estilhaçada pelos escritórios
Quando o universo inteiro for uma bola de fogo feita cinza
No álbum de memórias do deus fora dos templos restarão
Os melros, os pardais, os cães, o vento e o silêncio solto
Imagem de: www.trekearth.com.
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