quarta-feira, abril 15, 2009

Abraça-me





Abraça-me as arestas ternamente
Como quem abraça o próprio vento
Como quem segura, agarra o dia lento
Como a árvore vai crescendo da semente

Suspira ao meu ouvido engolidor
Os teus sonhos mais simples, mais prementes
O estertor dos teus olhares incandescentes
Toda a expressão do teu instinto e amor

E eu serei para ti a pomba nua
A águia real rompendo o céu cinzento
Que entre os turbilhões do pensamento
Te entrego a minha vida, toda tua


Imagem de: http://kimhunter.ca (aguarela de Kim Hunter).

2 Comments:

Anonymous utopia das palavras said...

Não me pergunte como cheguei aqui, guiada talvez pela intuição, talvez pelo cheiro...da poesia!

Gostei imenso de o ler, neste abraço de palavras e aguarela! Lindo!

Vou levar o seu link, se não se importa!

Abraço

2:01 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Simplesmente encantador!

Obrigada.

Beijo

Luísa

2:22 da manhã  

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