Benção rara
Peço a benção rara de morrer no sono
Entre prados verdes e flores fulgurantes
Nuvens carneirinhas, regatos cantantes
E a consciência levada ao abandono
Nu me entregarei ao azul precipício
As roupas perdidas sobre a terra herege
Caminho uterino que assim nos protege
E nos teleporta do fim ao início
Lá encontrarei minha mãe, meu pai
Minha avó materna expectante a olhar
O regaço morno e seguro do lar
Todo o intemporal que nunca se vai
Peço a benção rara da simplicidade
Do deus poderoso não castigador
Da demolição do prazer, da dor
De todos os prédios da minha cidade
Imagem de: www.trekearth.com (foto de Kevin O'Sheehan).
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home