segunda-feira, outubro 17, 2005

É que agora somos todos iguais!

Diz-se que agora somos todos iguais,
O rico e o pobre, o culto e o inculto, o bom e o mau,
Diz-se até que não há tal como coisa como bom e mau,
Diz-se que cada um faz o que quer
E chama-se a isso liberdade.
Destruir é liberdade!
Ignorar é liberdade!
Viver só para si e colher o fruto do trabalho alheio,
Liberdade!
Liberdade, liberdade, liberdade, liberdade,
A grande revolução cultural...
Quero um livrinho doutrinário em forma de reality show
E uma farda mental que me esconda o incómodo burguês!
Porque agora somos todos iguais.
Mas alguém se deve ter esquecido
De transmitir o comando à natureza...



Imagem de http://graphitefurnace.blogs.com.

Poema de Joaquim Camarinha

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