Heróis da bruma de mim de nós
Apertados e gentis,
Derramada em gotas no meu cabelo farto
E no empedrado recém-calcetado da rua silenciosa,
Ignorante de Avalon e Dom Sebastião,
Tão simples como eu, simples,
Projectada a preto e branco ou em cores desbotadas
No interior do meu olhar
Onde moram os fantasmas
Que me falam em desencontros projectados, quase arquitectónicos...
Falam-me do amor, essência do etéreo,
Dos heróis e heroínas do meu tempo
Vivendo agora em terras utópicas
Onde não há agoras, só recordação.
James Dean repetindo o acidente eternamente...
Humphrey Bogart à minha mesa, fumo e álcool...
E todos os heróis dos palcos, ácidos e humanos,
Esquecendo-se de mim deste lado do balcão...
Pago uma rodada a todos os fantasmas
E conversamos alto
De arte, homens e mulheres, do mundo,
Fantasmas tão humanos, meus irmãos na bruma!
Imagem de www.casalinx.com.
Poema de Joaquim Camarinha
2 Comments:
Obrigada por teres colocado o link.
Foi agradavel ler o teu post. Bom fim de semana.
A bruma faz-me lembrar as ilhas açorianas.....
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