O Vento Lá Fora
Nas palavras do poeta,
Se o próprio tempo balança,
Chuva e sol no mesmo dia,
Se o próprio tempo não é
Como não existe o espaço,
Afirma-o a própria ciência,
Porque me perturba a impermanência
E a permanente existência?
Serei um sonho num sonho
Ou a sua inexistência?
Sei somente que o meu verso
É o da Vénus de Milo
Quando se ouve o vento lá fora
E o vento está, afinal, cá dentro,
Onde quer que isso pudesse ser...
Imagem de http://news.bbc.co.uk.
Poema de Joaquim Camarinha
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