Eyes wide shut
É o facto de não poder olhar ao meu redor
Sem estar, sem querer, a olhar alguém
Que logo sente o meu olhar...
Todos e todas tão centrais!
Cada pessoa é uma estrela
Ofuscante ou apagada
Mas sempre o olho de Deus!
Devo ser mesmo estranho (e aqui, central) ao entender
Que quem assim me olha fixamente
Estará provavelmente a olhar para alguém além de mim
Ou para alguma coisa além de mim
Ou até, naturalmente, para coisa nenhuma...
E é tudo tão vácuo que nem disto falaria
Se não fossem as palavras o que faz os poemas...
Imagem de www.oddbox.com (pintura de David 23).
Poema de Joaquim Camarinha
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