segunda-feira, setembro 12, 2005

E se repete e se repete e se repete...

A repetição que se repete e se repete e se repete...
Os mesmos locais
As mesmas caras
Os mesmos cafés
Os mesmos cigarros
Digestivos iguais
Conversas no mesmo tom...
E porque não haveria tudo de se repetir?
Se até as mais emocionantes montanhas-russas
Se repetem, permanentemente em voltas tão iguais...
A diferença está toda dentro da cabeça!
Como a semelhança, aliás,
O que se repete e se repete e se repete...
A verdade é que tenho vindo a reparar
Que são as pessoas aparentemente mais revolucionárias,
As que mais se zangam contra todos os males do mundo
E mais banalizam quem lhes fica mesmo à beira
Quem mais se repete e se repete e se repete...
São como um disco riscado
Mas muito mais difíceis de calar.



Imagem de http://img31.photobucket.com.

Poema de Joaquim Camarinha

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