segunda-feira, março 27, 2006

Lua nova, lua cheia


As ruas voltam a estar secas,
As barragens descem ligeiramente,
As desilusões retomam níveis regulares.
Parece que nada se movimenta,
Ou será o meu cansaço a falar...
A lua do outro lado da Terra,
Ora nova, ora cheia...
E quem se importa com isso
Se é um facto natural?
Deixo a questão aos apaixonados,
Aos astrónomos, aos lunáticos...
Lua nova, lua cheia,
Crateras, tantas crateras,
Mais secas que as ruas secas,
Vazias, paradas, imóveis,
A poeira nos sentidos,
Não há queijo e vinho tinto
Na superfície lunar.



Imagem de www.belayslave.com.

Poema de Joaquim Camarinha

1 Comments:

Blogger Lila Magritte said...

No hay queso y vino tinto en la superficie lunar.
¿Y qué pasaría si mañana brota una fuente de aguardiente, o vino blanco desde un cráter de la luna?

Y el queso. Se puede comprar en el mercado.

Si no es en esta luna puede ser que haya vida en otra.

Y si no hay luna, hay que inventarla otra vez.

3:33 da manhã  

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