Os matadores de sensações (à indústria global)
Na arena triste, vasta, circular
Sobre a areia de ferrugem, num estertor
Repete-se o ritual triangular:
A besta, o público e o matador
Às voltas, numa fúria incontida
A besta perde as forças lentamente
Enquanto a gente aplaude adormecida
A perda do que é novo, contínua e dormente
É o sangue em jorros demasiados
A indústria dos sabores em prateleiras
As fórmulas dos olés banalizados
As imagens repetidas pelas feiras
E não há mais nada novo nas arenas
Onde a pop art aprisiona os corações
Em ritmos, sons, sabores, imagens plenas
Às mãos dos matadores de sensações
Imagem de: http://kintespace.com.
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