Relógio de sol
Respira-se um ar de Verão ausente
Nesta esplanada envidraçada pela luz
E sonha-se o amanhã pleno eternamente
Como se fôra o ontem que a memória reduz
Tudo é ilusão, só isso é certo
E em golpes de sol baixo esvai-se a dor
Que toca apenas árvores, aves, ruas, campo aberto
E se liquefaz no tempo inventor
Que é feito do futuro e do passado
Dos que passaram e dos que passarão?
Vivem todos num presente imaginado
Em leves limbos mornos de recordação
Imagem de: www.softpile.com.
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