sexta-feira, dezembro 19, 2008

Mais um poema sobre o sol





O sol anda assacado de melancolias matinais
Como uma pálida donzela romântica de olhar baixo
Murmurando poemas frágeis de parcas linhas
À hora em que o mundo estremece e os cães se espreguiçam
E as galinhas se atordoam dos rumores amarelados
Que brotam dos prédios e ruas como flores de gelo
Como cercas e muros que assassinam usos velhos
O sol tem frio, o sol tem frio
Estirado em opiários de ginásios e modernidade
Em que se inventa a eficiência e a produtividade
No mundo descorado que é a natural cidade
Onde o cheio agreste se confunde com o vazio
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