O que há-de vir...
Que alegria, arrebatar a lotaria
E desejar novos prémios improváveis!
O próprio Buda desanimaria
E enredar-se-ia em desejos intocáveis...
Porque é que uns têm Mercedes
E viagens e modernas moradias
E outros somente tântalas sedes
E miragens de gotas fugidias?
E dores de cabeça para quê
E pão amassado pelo mal
E ser-se o que não se é
Por deformação profissional?
E todos entoam o fado,
Eu também, sempre a dormir.
E o ano agora chegado
É sempre o que ainda há-de vir...
Imagem de: www.picsmaker.net.
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