Migrações
Gosto de ver os troncos nus das árvores engolindo
Os raios de luz fria outonal que vão caindo
Do céu que subentende o sol num fundo azul
E sonhar-me de asa aberta em direcção ao sul
Perpétua migração das almas pensamentos
Que pairam no destino como pairam ventos
Nas altas camadas vagas rarefeitas
Que cobrem o mundo de roupas desfeitas
Partimos então juntos firmes abraçados
Por caminhos largos e por descampados
Para portos distantes que nos gritam cores
E ao sol todo a pique consomem-se amores
E é lá entre laranjais e especiarias
Entre os burburinhos e as harmonias
Longe das cidades cinzentas de agouros
Que em paz viveremos os dias vindouros
Imagem de: www.vivien-und-erhard.de.
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