sexta-feira, março 23, 2007

Eles




"Não há mercado!"
"Não há trabalho!"
"Eles é que mandam!"
E não há poesia
Porque matam a poesia
E ninguém lhe chora a sorte.
E não há vivalma
Pelo genocídio absoluto
Que não passam na TV.
Não há nada mais no mundo,
Só fábricas algures na China,
Bancos e multinacionais.
E a cada verdade gelada
Do anónimo da mesa ao lado
Morre ele mesmo e todos nós,
Morre a beleza no mundo,
Morre a esperança, a humana esperança,
Nesta terra de robots.


Imagem de www.guttertype.com.
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