Mil anos de solidão
O negrume é.
Nada sei da gravidade,
Desconheço as sensações,
Devo ter parado de respirar...
Zero dissoluto.
Nada é absoluto
Ou virtual.
Criam-se palavras...
E não são elas desde nunca?
Imensa claridade atroz,
Afonia, silenciada voz...
Disse negrume?
Podia ter sido árvore, mesa, muro, fonte, fósforo...
Achas que se trata do nirvana?
É um cansaço tão viral
Que obriga ao esforço impossível
De reformatar tudo o que é
E não se dilui com cem anos de sono.
Bruxa, é tua a vitória virtual,
Personagem maior de cada fábula naturalista.
Escuta o silêncio do mundo natural...
Este post-universo, vácuo e esgotado,
Tamanho nada, metafísica ausência!
Todas as coisas fingindo mover-se...
Imagem de www.medievalcottage.com.
1 Comments:
Gostei da forma como o real foi tratado
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