Castelo de cartas
E encosta outra e outra e outra...
Passa tanta gente ao lado, todos ao lado a passar
E a criança concentrada,
Os números e as figuras
E a criança a equilibrar...
Passa a chuva e passa o sol,
Passam cheiros, passam cores,
Passam meses, passam anos,
Passam todos a correr...
E a criança a conceber.
Um belo dia, vem um golpe de vento
E lança as cartas todas por terra!
Mas a criança não chora,
Não fica sequer a observar.
Sumiu-se o castelo de cartas,
Sumiu-se a vida no ar...
Imagem de http://4apuzzle.com.
Poema de Joaquim Camarinha
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