terça-feira, junho 16, 2020

Máscaras, plásticos e chuva



Fui cortar o cabelo de máscara posta
Gel à entrada, gel à saída, fora chovia
Uma chuva leve e pouco observável
Feita de plástico a cobrir os mares
Nem Cristo nas nuvens que o vento arrastava
Nem Satã oculto no fundo das mentes
Ninguém observava os fios da chuva
Ou por não haver nada a observar
Ou por não haver ninguém a olhar
Luta, combate contra o teu irmão
Sente que é único o teu coração
Que segues um rumo bom e verdadeiro
E cobre-o de lama espessa e molhada
Nesta terra velha, igual, mascarada
Que julgas ser tua e servir um fim
De máscara posta, de máscara imposta
Grita, exclama, apita, desabafa, mata
És um deus no caos, perdido e sedento
Quem corta o cabelo, corta o pensamento

Imagem de: Wix.com

advertising
advertising Counter