Toada de agosto
O que faz
um homem com vidros na voz
Cigarro na
mão, rosto enrugado, olhar tão vazio
Quando se
dirige altaneiro a uma popular
Numa rua
qualquer com o sol a pairar?
E os
migrantes pelas esplanadas
Em tom
megafónico falando de nadas
Para que
todos saibam que bem que lhes corre?
E as ruas
vazias enchem-se de vozes
E agosto
arrasta-se, afunda-se e morre…
Imagem de: uni-cc.blogspot.pt (foto de Vítor Cid)
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