Everybody dies
Toda a gente morre a morte concreta
À torreira do sol, sob o luar
Na sombra da coisa crepuscular
Que outra não há sobre este planeta
E há quem o faça com dramatismo
Como num palco de máscaras cerradas
Em gemidos mudos, em cenas caladas
E um poço banal faz-se um abismo
E há quem use um drama melhor
Quem minta na morte que everybody dies
E sonhe entre scripts feitos de mais
Que um mero escoar nas mãos do Senhor
E é assim que é: plena senhora
A morte, bem que mal vestida
No anacronismo natural da vida
Essa roda eterna e extensa vassoura
Imagem de: mangasource.deviantart.com.
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