quarta-feira, julho 20, 2011

Tela mexicana


Eis Tenochtitlán, mero nome na memória vagueante
E Tulum, a cidadela à beira-mar
As iguanas e a sombra do jaguar
Todo o passado transformado num resort mutante

Tudo se vende em línguas vagas de Babel
As coronas dos subjugadores esquecidos
Os pesos dos escravos subvertidos
E o céu imenso, cor de azul-pastel

Escutam-se as aves, o resfolhado dos coqueiros
O saltitar tão minucioso nos relvados
E as borboletas nos seus bandos delicados
E ainda os jogos distantes dos bandoleiros

E tu aí, defronte a mim, o livro aberto
És mais que o México, és o que calcorreamos
Nos montes, vales, florestas que inventamos
O exotismo e a velha Europa, um porto certo


Imagem: Índios Maias em Tulum.
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