quarta-feira, junho 22, 2011

A ministra na FLAD no Tribunal


A ministra da Educação do governo Sócrates, talvez antiga anarquista de acordo com inúmeras fontes, que, com os seus secretários de Estado Valter Lemos e Jorge Pedreira, procurou levar a cabo a destruição do ensino público português, projecto inserido no incompreensível mas visibilíssimo plano do ex-primeiro para dominar através do medo e da inveja, está a ser acusada pelo Ministério Público por uma adjudicação, em 2005 e 2007, pelo ME, de um conjunto de trabalhos no valor de 266 mil euros que, ao que parece, terão sido pagos na íntegra apesar de apenas uma parcela dos mesmos ter visto a luz do dia. Mas há muita gente que se preocupa por o novo ministro da Educação, Nuno Crato, "ter uma política educativa de há cem anos atrás". Preocupante? Porque a memória é curta e esquivando-me ao mal estar propositadamente instalado nas escolas e entre escolas e direcções e entre escolas e encarregados de educação e entre professores e outros professores e entre professores e alunos e por aí fora, limitar-me-ei a recordar alguns casos emblemáticos do consulado de Maria de Lurdes Rodrigues ao serviço de José Sócrates e do PS...
O caso do professor Fernando Charrua - porque, em conversa particular na DREN da educadora de infância Margarida Moreira, terá lançado uma piada acerca das habilitações do então primeiro-ministro, foi despedido, tendo-lhe sido instaurado um processo disciplinar por falta ao "dever de lealdade".
O caso dos professores nas Juntas Médicas de Sócrates - Em Junho de 2007, uma professora da EB 2,3 de Cacia, em Aveiro, atacada de leucemia, viu negada a sua aposentação e foi obrigada a regressar às aulas. Em Setembro de 2007, uma professora da EB 1 de Regedoura com cancro da mama, útero e língua, viu negada a sua reforma antecipada, tendo sido forçada a regressar às aulas.
O caso do professor de música assassinado - em Fevereiro de 2010, já no rescaldo das políticas seguidas, um professor de música de 51 anos, a leccionar na EB 2,3 de Fitares, em Rio de Mouro, Sintra, lançou-se ao Tejo e faleceu, depois de um ano em que era insultado por alunos em plena escola, na sala de aula e nos corredores, sendo que testemunhas referiram que lhe chamavam "cão" e lhe davam "caduços" na nuca. A direcção nada fez. O ME considerou o caso "urgente", mas não agiu.
A todos os que não se recordarem exactamente de como os professores eram, por tantos, considerados "o cancro" do país, o que parece relacionar-se triste e directamente com casos atrás referidos, a todos os que não conseguem entender por que razão Portugal (e com ele a educação) chegou onde chegou, a todos os que têm medo da "direita" e do ministro "ultra-liberal, taliban e passadista", dedico esta pequena elegia...


Imagem de:http://clarices.bichocarpinteiro.blogspot.com/. 
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